Noite de inverno, actuação na colectividade local.
A banda chegou, foi retirado o material da carrinha e começámos a dispôr a aparelhagem e instrumentos nos respectivos sítios.
A namorada de um dos músicos (hoje casada com ele), uma morena de estatura mediana mas "rechonchuda" q.b., que naquela noite vestia uma saia acima do joelho (e ainda por cima uma saia "travada"!...) sentou-se numa cadeira.
No meio da nossa azáfama (coloca instrumento aqui, monitor ali, liga cabo acolá...) quase não nos apercebíamos do facto.
...Até que de repente, o nosso colega irrompe furiosamente palco adentro (por necessidade de espaço, ele montava os seus instrumentos fora do palco, após o que os içava para cima do mesmo) de blusão na mão e, numa voz alterada, invectiva a namorada dizendo: "(Fulana)! (Fulana)! Não quero cá nada disso! Toma lá o meu casaco!"
Só então é que nos apercebemos que a "Fulana" estava de pernas cruzadas, deixando ver uma porção generosa das mesmas... Mas nada de especial e que nós não tivéssemos visto antes...
Escusado será dizer que quatro pares de olhos, após constatarem a cena, se cruzaram entre si de um modo maquiavélico...
...E passado um bocado, o "tal-músico-de-1m80-de-altura-e-mais-d
Estava dado o mote para mais uma das frases-chave da colecção de "bocas foleiras" do conjunto...
O músico "autor da frase", ainda esboçou uma reacção de aborrecimento... mas, dando-se conta do ridículo, acabou por, desportivamente, colaborar no chorrilho dos disparates que invariavelmente concluíam por "Não quero cá nada disso!... Toma lá o meu casaco!".
Quanto ao bailarico, esse correu bem... sempre com o blusão sobre as pernas da "Fulana"...
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